
O canal americano de TV por assinatura PBS está apresentando uma série em vários capítulos sobre a história da country music, CountryMusic - O Filme. O documentário, dirigido por Ken Burns, é um dos mais aguardados em 2019 e mostra a trajetória das principais estrelas da CountryMusic juntamente com fatos da conjuntura americana ao desenrolar dos anos. São oito capítulos com duas horas de duração cada, apresentados sempre aos domingos à noite com depoimentos de dezenas de astros como Johnny Cash, Dolly Parton e Garth Brooks. Marty Stuart conta no primeiro episódio a vida de Jimmie Rodgers, considerado o “pai da country music” nascido no mesmo estado que ele, o Mississippi. A série é um retrato das minorias do sul desde os anos 20 até hoje. A música que representa o povo americano, do Texas as Virginias, da Florida ao Tennessee, seus problemas suas dificuldades, seus sonhos e corações partidos.
Ken Burns diz que ao longo de sua história a Country Music empregou um desfile de artistas que surgiram principalmente de origens ruins - como Loretta Lynn, Johnny Cash, Merle Haggard e The Carter Family para se destacar no “show-biz” estabelecendo uma conexão humana através de músicas sobre as dificuldades emocionais da vida. “ É a estória das nossas vidas. Dizemos que são bons rapazes com picapes, cães de caça, seis maços de cigarro e cerveja", acrescenta Burns.
A Country Music de Ken Burns é um empreendimento gigantesco que entrelaça estórias conhecidas e muitas antes não contadas em quase um século da história do gênero. Começamos em 1923 em Atlanta, quando um cara chamado Ralph Peer gravando Fiddlin John Carson e para isso voltamos alguns séculos para pesquisar os instrumentos que os imigrantes trouxeram para fazer aquele som", lembra Ken Burns.
As polêmicas de Burns:
O filme examina o gênero de música country de 1923 a 1996. Para ele a música country termina no século 20 por um bom motivo: Burns diz que há um desconforto que se aproxima do presente. " à medida que chegamos ao presente, ficamos cada vez mais desconfortáveis", explica ele. Burns diz que pode haver uma parcela adicional da série em 20 ou 30 anos, e que a história mais recente do gênero ainda não pode ser totalmente compreendida. Não houve tempo suficiente para analisar os eventos das duas últimas décadas.
O cineasta e sua equipe tiveram muito trabalho para editar as quase 50 horas de filmagens utilizáveis e precisaram selecionar apenas dezesseis.
Foi lançado um CD-BOX com as músicas da série e também um DVD com os 8 episódios.